Entrevias tem mulheres na liderança e valoriza equilíbrio em gênero
Na empresa, elas ocupam funções em áreas operacionais e estratégicas
Sertãozinho, 6 de março de 2020. No mês mundialmente dedicado à mulher, alguns temas reverberam e ganham destaque, como a igualdade de gêneros no mundo corporativo e expansão da participação feminina nas mais diferentes áreas. Na Entrevias Concessionária de Rodovias, mulheres são maioria. Representam 54% do quadro total de colaboradores – em torno de 680 – e aproximadamente 25% delas ocupam cargos estratégicos e de lideranças em um segmento até pouco tempo com predominância masculina. Hoje exercem atividades nas mais diferentes áreas da concessão, do administrativo ao operacional, no dia a dia da rodovia.
Na Entrevias, as áreas de Comunicação, Jurídico e Compliance, Conservação de Rodovias, Ouvidoria e Recursos Humanos têm à frente mulheres nos cargos de gerência e superintendência. No Operacional e no atendimento a usuários, como no socorro médico e emergências, estão em igualdade com os homens. No Centro de Controle Operacional (CCO), setor por onde as rodovias são monitoradas, mulheres também estão em maior número. Atendem a chamados e direcionam os recursos operacionais necessários.
A presença feminina maior na empresa, contudo, não é retrato da realidade do País. Pelo contrário, vai ao encontro de estudos sobre a realidade brasileira, na qual apesar de o sexo feminino representar um contingente maior no total de habitantes, cerca de 108 milhões, mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho, segundo pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ainda assim, a dedicação aos estudos e ao aprimoramento profissional elevou o nível de instrução feminino, que ao longo dos anos se qualificou mais. Em 2018, 18,4% dos homens que declararam estar no mercado de trabalho tinham o ensino superior, enquanto esse índice já era de 22,8% entre as mulheres.
Pratas da casa
Tanto no ambiente institucional quanto no corporativo, uma das áreas mais importantes para o cumprimento das normais legais e regulamentares do negócio é o compliance.À frente do Jurídico, a gerente Jackeline Belluzzo foi quem implantou o programa de boas práticas na empresa, com estruturação do programa de valorização à ética e integridade. Ações que renderam à Entrevias o reconhecimento como empresa destaque no setor de Infraestrutura, no prêmio do Guia Exame de Compliance. A Concessionária foi uma das selecionadas de um total de 543 empresas.
Em outra área da empresa, na de Conservação de Infraestrutura das rodovias, a engenheira civil Olga Cotrim ocupa a superintendência. O setor cuida da manutenção, limpeza e infraestrutura de 570 quilômetros de rodovias por onde trafegam cerca de 120 mil veículos/dia. Uma responsabilidade importante e diretamente ligada à segurança viária.
A gestão de Relações Institucionais – que incluem as áreas de Comunicação e Marketing, Ouvidoria e Sustentabilidade – conta com a experiência em concessão da jornalista Cláudia Figueiredo. É desse setor que projetos de responsabilidade social e campanhas de marketing da empresa ganham forma, visibilidade e chegam aos usuários. “O bom profissional precisa ter um desempenho integral, que compatibiliza suas habilidades pessoais com a expectativa do mercado de maneira muito rápida e intuitiva e isso independe do sexo. O resultado precisa unir ideias e potenciais diversos”, opina Cláudia Figueiredo.
Gerenciar um quadro expressivo de colaboradores, pensar em programas e ações e ainda cuidar do capital humano da empresa é missão que requer, além de estratégia, sensibilidade. Thaisy Nara Carvalho, administradora com especialização em Gestão de Pessoas emprega a sua experiência no setor.
Cenário positivo
Pesquisas e indicadores, como do Ipea (Pesquisa Econômica Aplicada), apontam que até 2030 a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve continuar em alta.
Além de mudanças culturais e conquistas de direitos, empresas têm buscado cada vez mais esse equilíbrio, que reflete em equidade e diversidade.
Segundo a coordenadora de uma agência de Recursos Humanos em Ribeirão Preto, Danielle Peruchi, as mulheres têm conquistado cada vez mais o espaço no mundo corporativo, uma consequência do investimento em qualificação e persistência. Mas ainda há um longo caminho a percorrer.
“A mulher tem uma habilidade natural em gerenciar melhor o tempo. Concilia atividades da casa, maternidade e do trabalho. Ao longo do tempo, percebeu a necessidade de ter qualificação para conseguir espaço em um mercado de trabalho que ainda tem algumas barreiras e preconceitos arraigados, como às vezes deixar de contratar mulheres por engravidarem ou quando têm filhos”, diz.
Mulher na Tecnologia
Mulheres são usuárias de aplicativos, estão nas redes sociais e dominam dispositivos digitais, mas ainda é baixo o número delas que participa da produção da tecnologia. Segundo pesquisa do IBGE, apenas 20% dos profissionais que atuam no mercado de TI são mulheres, fato que não está atrelado ao grau de instrução, que em muitos casos é até mais elevado do que os homens.
De acordo com Danielle Peruchi, a participação feminina da área de TI já é mais expressiva, mas com participação inferior a dos homens em cargos mais estratégicos, de gestão. “É notório que a presença feminina é mais comum em vagas iniciais, de ingresso na carreira, quando não se exige tanta qualificação. Quando se trata de vagas sênior e com remuneração superior, os homens ainda dominam os processos seletivos. Na área de programação a discrepância é ainda maior”, conta.