ACIRP defende adiamento do Dia das Mães para data unificada

Em carta enviada a entidades setoriais de comércio, Associação sugere união de esforços para o adiamento da comemoração em uma nova data, compatível com os calendários de reativação da economia propostos por Estados e municípios

A ACIRP – Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto está se mobilizando e acionando as principais entidades setoriais do comércio para propor uma ação organizada para que Dia das Mães, a ser comemorado em 10 de maio próximo, seja adiado para nova data unificada, de modo a acompanhar os calendários de reativação da economia propostos pelo governo do estado de São Paulo e por outros estados brasileiros.

Um dos principais reflexos negativos da pandemia do Covid-19 tem sido o fechamento dos comércios considerados não essenciais e a consequente queda nas vendas em decorrência das medidas de isolamento social determinadas pelo governo do Estado de São Paulo e vigentes até o dia 11 de maio, data posterior ao Dia das Mães, celebrado no segundo domingo do mês de maio, que este ano cai no dia 10.

“O Dia das Mães é a principal data para o comércio no primeiro semestre em termos de faturamento. E, considerando a atual conjuntura, sua realização sob portas fechadas implicaria, para a maior parte dos setores, em um aprofundamento adicional da recessão que já se anuncia, além de aceleração do processo já verificado de aumento do desemprego”, avalia o presidente da ACIRP, Dorival Balbino.

Na tentativa de buscar uma solução unificada, a ACIRP enviou ofícios à FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil) e CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), além de outras entidades setoriais, sugerindo que se articulem com urgência para propor uma solução única para essa questão.

“Entendemos que apenas uma solução unificada, com uma nova data de dia das mães suportada pelas principais entidades empresariais do setor, será efetiva para conscientizar o público da alteração”, explica o presidente.

A entidade sugere duas possibilidades: o dia 31 de maio, último domingo do mês, ou o segundo final de semana de junho, que representaria o adiamento da data em aproximadamente um mês. Ambas estariam próximas do dia 10 de maio, o que colaboraria para manter o público engajado, considerando a existência de campanhas publicitárias e o próprio planejamento do consumidor. Junho, especificamente, tem a proximidade com o Dia dos Namorados, o que pode ser positivo para setores que se beneficiam com as duas datas.

A presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Ribeirão Preto, Regina Pessoti Zagretti, defende que a melhor data para realocar o Dia das Mães seria o segundo domingo do mês de junho (dia 14).

“Precisamos considerar que muitas pessoas foram demitidas desde que a crise de saúde se instalou. Portanto, muitos não têm condições de comprar no mês de maio. Temos que levar em conta que o próprio trabalhador é consumidor e precisa desse tempo para se readequar. Dessa forma (adiando para junho), teremos mais acertos na campanha desta, que é tão importante para o comércio”, defende.

Pesquisa ACIRP sobre alteração do dia das mães

Na tentativa de apresentar uma solução para a questão, a ACIRP realizou uma pesquisa com comerciantes e empresários em geral. Duas perguntas foram feitas aos entrevistados: a primeira foi se eles consideram favorável o adiamento da comemoração e 63,5% responderam que sim. Na segunda questão, foram oferecidas duas sugestões de data– 31 de maio e o segundo final de semana d junho. Na preferência dos participantes prevaleceu o adiamento para junho (43,9%); 33,7% optariam pelo último domingo de maio e 22,4% se disseram indiferentes às datas. Foram consideradas 323 respostas.

Favoráveis à postergação

Sim – 205 (63,5%)

Não – 118 (36,5%)

Preferência de datas

2º final de semana de junho – 90 (43,9%)

31 de maio – 69 (33,7%)

Indiferente – 46 (22,4%)

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