A busca pelo irreal: padrões estéticos deixam 56% das mulheres insatisfeitas com o próprio corpo
A modelo e miss Bruna Zanardo comenta pressão estética sofrida na adolescência e na profissão
De acordo com pesquisa realizada pela Sophia Mind – empresa voltada para a inteligência de mercado feminino, cerca de 56% das mulheres estão insatisfeitas com seus corpos. Esse descontentamento é resultado de uma pressão estética existente na sociedade atual que cria a ilusão de que o corpo perfeito existe. Essa busca pelo inalcançável é tamanha que até mesmo modelos, que são vistas como padrão para grande parte da sociedade, sofrem com isso. “Eu sofri uma pressão estética durante minha adolescência, mas acho que hoje, com as redes sociais e a internet, isso se tornou ainda maior. Cada vez mais há uma exigência por um corpo perfeito que existe só em filmes e desfiles. Um padrão totalmente errôneo e equivocado, pois cada um tem um biotipo e a gente tem que saber respeitar os limites do nosso corpo”, comenta a modelo e atual candidata ao Miss Supranational 2020, Bruna Zanardo. A pressão estética também movimenta um mercado totalmente voltado para melhorar a autoestima. Hoje, mulheres cada vez mais novas se submetem às cirurgias plásticas e procedimentos estéticos que prometem melhorar imperfeições e marcas. “Não somos perfeitos. A mulher vai ter celulites, estrias e a gente tem que entender que é isso que é bonito, que cada um tem seu diferencial e não devemos pré-julgar a pessoa por sua estética”, avalia a modelo. No meio da moda e dos concursos de beleza, os padrões estéticos são ainda mais elevados. “A gente sofre uma pressão fora do comum, por isso acho que é importante o trabalho do psicológico em agências de modelo ou concursos. Você irá ouvir muitas críticas e tem que estar muito bem amparada para entender essas questões e não ficar doente”, finaliza.