Crioterapia evita queda de cabelos durante tratamento quimioterápico e ajuda a manter autoestima e privacidade de pacientes

InORP/ Grupo Oncoclínicas é a primeira instituição de saúde da região de Ribeirão Preto a utilizar a técnica que cria barreira para proteger os folículos capilares

Entre as principais questões que envolvem as formas de tratamento do câncer e seus efeitos colaterais está a perda de cabelos ocasionada pela quimioterapia. Uma aflição que pode causar problemas secundários ao paciente, como autoestima baixa, ansiedade, estresse, depressão e até mesmo desistência do tratamento.

“Também existe a questão da privacidade do paciente. A perda de cabelo é uma característica que já revela sua condição e, em muitos casos, o paciente quer se preservar”, explica Diocésio Andrade (CRM: 132.129), diretor técnico do InORP/ Grupo Oncoclínicas .

Para amenizar esse problema, o instituto é o primeiro da região de Ribeirão Preto a oferecer um procedimento que aumenta as chances de preservação dos fios nos processos de quimioterapia. A técnica, chamada de Crioterapia ouScalp Cooling (em inglês), consiste no uso de uma touca que resfria o couro cabeludo, levando à contração dos vasos sanguíneos e, desta forma, cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos capilares.

O método tem sido considerado um importante aliado para a melhora do equilíbrio emocional principalmente nas mulheres em tratamento contra o câncer de mama, neoplasia que mais atinge esse grupo, sendo 28% dos casos da doença entre mulheres e com expectativa de 59,7 mil novos casos no Brasil somente neste ano.

Entenda como funciona a Crioterapia

Um capacete revestido por um gel é conectado por meio de um tubo a uma máquina que se assemelha a um circulador de ar. É colocado sobre a cabeça do paciente 30 minutos antes da infusão de quimioterapia e a touca permanece sendo usada durante toda a aplicação do medicamento e continua até 1h30 após o tratamento. Esse sistema, então, resfria o couro cabeludo do paciente a uma temperatura entre 18ºC e 22ºC, o que permite a menor absorção dos fármacos nessa região e, por isso, diminui a queda do cabelo.

Por ser um equipamento médico, estudos garantem a segurança do paciente e a eficácia do tratamento, sendo o único no Brasil com aprovação da FDA (agência que regula os medicamentos nos Estados Unidos) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em 50% dos casos, os pacientes tratados relataram a diminuição da alopecia a ponto de não precisar usar lenço ou peruca. A crioterapia pode ser aplicada em pacientes diagnosticados com outros tipos de câncer, além do de mama, tendo o mesmo potencial de eficácia, mas há restrições. A contraindicação acontece para quem tem câncer hematológico (que afeta o sangue), como leucemia e linfoma. Pessoas que apresentam alergia no couro cabeludo ao frio também não devem fazer o tratamento.

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