Cultura da raiz sertaneja permanece viva na Festa do Peão de Barretos
A cultura da raiz sertaneja permanece viva por meio das diversas atrações que o público pode conferir durante a 64ª Festa do Peão de Barretos, que acontecerá entre os dias 15 e 25 de agosto, no Parque do Peão.
O local, que possui cerca de 2 milhões de metros quadrados, conta com atrações que reproduzem as tradições do homem do campo e dos peões de boiadeiro, que conduziam as tropas.
Uma das tradições mais antigas, que é realizada desde a primeira edição da Festa, é o “Concurso do Berrante”, que ocorrerá no dia 18 de agosto, domingo. A competição envolve cerca de 15 participantes, classificados previamente, incluindo homens e mulheres. Na disputa, eles devem executar os cinco toques principais do berrante que são “Saída ou solta” (para despertar a boiada), “Estradão” (reanima a boiada), “Rebatedouro” (aviso de perigo), “Queima do Alho” (almoço) e “Floreia” (toque livre).
No mesmo dia, também acontece o “Concurso da Queima do Alho”, o prato típico que era preparado pelas comitivas para as refeições dos peões que conduziam as boiadas pelo interior do Brasil. Nesta competição, as comitivas participantes precisam reproduzir, com fidelidade, o sabor do tradicional prato, com utensílios e em fogo de chão, como antigamente.
Já o Palco Culturando recebe manifestações artísticas de diferentes regiões do país. Neste ano serão mais de 200 atrações entre apresentações musicais, de teatro e dança, de 119 municípios.
Outra atração que mantém as origens da tradição sertaneja é o “Palco Raízes Sertanejas”. O espaço é aberto a artistas amadores e profissionais, que apresentam a mais genuína música raiz, além de outras apresentações típicas como dança catira, declamadores sertanejos e toque do berrante.
Espaços
O visitante da 64ª Festa do Peão de Barretos também tem a oportunidade de conhecer espaços que reproduzem locais e situações vivenciadas pelo peão boiadeiro.
No local onde é realizado o concurso da Queima do Alho, o visitante tem a oportunidade de conhecer a reprodução de um “ponto de pouso”, onde os tropeiros faziam suas paradas, e que conta com réplicas de um armazém, capela, entre outras construções similares a de pequenas vilas rurais.
Já no Museu Histórico e Folclórico do Peão de Boiadeiro, também conhecido como Memorial do Peão, o público conhece acessórios e equipamentos que eram utilizados pelos tropeiros durante a condução da boiada nas viagens realizadas.