Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais faz um alerta para a importância da prevenção e diagnóstico precoce
A médica Gecilmara Salviato Pileggi do Centro Médico Ribeirão Shopping reforça a necessidade de informar e conscientizar as pessoas sobre os riscos da doença
No dia 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o intuito de atrair a atenção para o tema. Cerca de 325 milhões de pessoas no mundo vivem com infecção crônica pelos vírus das hepatites B ou C, segundo dados de 2017 da OMS.
A médica especialista em reumatologia pediátrica e vacinologia, Gecilmara Salviato Pileggi, da clínica Immunità do Centro Médico Ribeirão Shopping, é coordenadora da Comissão de Doenças Endêmicas e Infecciosas da Sociedade Brasileira de Reumatologia e destaca o grande impacto que as hepatites virais trazem para a saúde pública.
“Estima-se que mais de um milhão de pessoas no Brasil tenham o vírus e não sabem, pois as hepatites virais crônicas são silenciosas no início e demoram vários anos para desenvolver complicações graves como insuficiência hepática, cirrose e câncer de fígados”, alerta.
A hepatite é uma doença que causa a inflamação do fígado, o que, consequentemente, compromete suas funções vitais. A hepatite pode ser provocada por diversos fatores, incluindo bactérias e alguns medicamentos, mas a principal preocupação são as hepatites virais, em especial os tipos A, B e C. As principais formas de transmissão das hepatites B e C são o contato íntimo sem preservativo, contato com o sangue, algumas secreções ou objetos cortantes contaminados.
Para os tipos A e B existe o recurso da vacinação para prevenção destas infecções. Já para a hepatite C existe um tratamento eficaz que leva a cura da doença. “Fazer o teste rápido para o diagnostico da hepatite C, disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde, é determinante para evitar a transmissão e progressão da doença e suas consequências”, acrescenta.
O Brasil é um dos nove países que avançam nas metas do compromisso assumido por 194 nações para erradicar a hepatite até 2030. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realizou a Cúpula Mundial de Hepatites em 2017. Os outros países que acompanham o Brasil são Egito, Geórgia, Alemanha, Islândia, Japão, Holanda, Austrália e Catar.