Iluminação automatizada ajuda a reduzir colisões traseiras em rodovia
Projeto auxilia na visualização de veículo pesado à frente
Sertãozinho, 05 de fevereiro de 2020. Veículos pesados e em baixa velocidade serão mais facilmente percebidos por usuários de veículos leves que seguem pela Rodovia Anhanguera (SP-330), entre os quilômetros 325 e 326, de Ribeirão Preto a Jardinópolis, trecho em aclive com alta incidência de colisões traseiras.
A Entrevias Concessionária de Rodovias, que integra o Programa de Concessão de Rodovias do governo do Estado de São Paulo, instalou um sistema automatizado de iluminação que utiliza câmeras com sensores que identificam a presença do veículo pesado em baixa velocidade e acionam, gradualmente, uma sequência de 33 postes de iluminação com lâmpadas led, distantes cerca de 30 metros cada um. O objetivo, a partir desse sistema inovador, é reduzir os casos de colisão traseira, acidente com alto potencial de risco, e alertar motoristas de veículos leves que existe à frente a presença de veículo pesado em baixa velocidade. Um levantamento interno da Concessionária mostra que na Rodovia Anhanguera, em toda a extensão administrada pela Entrevias, foram 86 acidentes do tipo colisão traseira em 2019 (36% dos casos).
A velocidade regulamentada para o trecho da Entrevias na Anhanguera é de 110 km/h para carros e 90 km/h para veículos comerciais pesados. Com o novo sistema de iluminação, o usuário que trafega em velocidade regulamentada normal consegue ter maior tempo de ação e reduzir, se necessário.
O gestor de segurança viária da Entrevias, Fábio Ortega, explica que no ponto onde a tecnologia está sendo utilizada, de aproximadamente um quilômetro, veículos pesados perdem muita velocidade, por se tratar de um aclive logo após descida. Em contrapartida, motoristas que seguem em velocidade normal e já estão “embalados”, devido a descida, se deparam com veículos que chegam a reduzir para 30 km/hora.
“Principalmente à noite, o condutor do automóvel que está utilizando a velocidade permitida se depara, muitas vezes, com caminhões em baixa velocidade e com pouca iluminação. Se não houver tempo hábil para frenagem, a colisão traseira vai acontecer e com gravidade. Com essa iluminação gradual, ele consegue visualizar os caminhões e antecipar a tomada de ação”, afirma.
O sistema é uma inovação, é também um projeto piloto e poderá ser utilizado em outros locais da concessão, dependendo de estudos.
A Rodovia Anhanguera não é a primeira em número de ocorrências dessa natureza – mais recorrente no Anel Viário Sul, mas por ser um corredor logístico importante e rota de escoamento de produtos, os acidentes costumam ter maior gravidade. No trecho total operado na região de Ribeirão Preto, 299 quilômetros, os acidentes mais recorrentes são: os choques – entre defensas e muretas, a colisão traseira e em terceiro lugar o tombamento de motocicletas. O levantamento aponta ainda que as colisões na Anhanguera ocorrem principalmente aos sábados e segunda-feira, no período noturno.