Pesquisa aponta que cerca de 47% das mulheres no Brasil deixaram de se consultar com ginecologistas ou mastologistas durante a pandemia

Uma pesquisa conduzida pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), divulgada esta semana, apontou que cerca de 47% das mulheres no Brasil deixaram de marcar consultas com ginecologistas ou mastologistas por conta da pandemia da Covid-19. O estudo foi realizado de forma online entre os dias 7 e 23 de setembro de 2021, com a participação de 1.400 pessoas com pelo menos 20 anos de idade, de diferentes cidades do Brasil.

E no mês que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer de colo do útero e do câncer de mama – o Outubro Rosa -, a enfermeira Alana Correa, professora do curso de Enfermagem da Estácio, alerta:

– Precisamos sim tomar todos os cuidados de prevenção ao Coronavírus, respeitando todos os protocolos de segurança e tomando a vacina, mas de forma alguma as mulheres devem esquecer das outras doenças que não deixaram de existir e vem crescendo devido à baixa prevenção durante toda a pandemia.

A professora da Estácio revela que o câncer de colo de útero e o de mama são os que mais acometem as mulheres em todo o mundo, e quanto mais cedo detectados, mais fáceis são os tratamentos.

– Nódulos mamários, quando detectados precocemente, têm chance de 90% de cura; e toda lesão no colo do útero, quando também descoberta em fase inicial, é tratada para que não se torne uma doença mais grave, incluindo o câncer.

A enfermeira obstetra explica que, de acordo com o Ministério da Saúde, toda mulher de 25 a 64 anos de idade com atividade sexual ativa deve realizar o exame preventivo de câncer de colo de útero anualmente. E a Sociedade Brasileira de Mastologia indica que toda mulher com mais de 40 anos de idade deve fazer a mamografia anualmente.

– São exames muitos simples, rápidos e que podem salvar a vida de muitas mulheres. Precisamos cada vez mais falar sobre a prevenção e destacar que toda mulher deve anualmente consultar um ginecologista uma vez ao ano, pelo menos, reforça Alana.

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