De avó e trabalhadora na construção civil, passando por refugiada síria a motorista de aplicativo: as histórias de algumas mães do Feministrampos

É inegável a capacidade que as redes sociais têm não só de unir as pessoas, mas também fazer com que elas mostrem seus potenciais e capacidades, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Prova disto está no Feministrampos, rede de apoio feminista que conta com mais de 140 mil integrantes no Facebook e com sua força foi capaz de participar e ser escolhida no programa de aceleração da META.

Administrada pela produtora de conteúdo Marianna Zimmermann, as mulheres que lá fazem parte são dos mais diversos locais do Brasil – e algumas do exterior, também – e exercem as muitas funções existentes.

Com o lema “Vamos Juntas”, o Feministrampos conta com muitas histórias de mulheres que são mães e administram suas vidas profissionais e pessoais, conseguindo êxito não só em seus negócios, mas também em questões essenciais ao participarem de uma rede que acolhe e ajuda em seus desenvolvimentos.

Mães, empreendedoras e participantes do Feministrampos

Conforme conta Daniela, mãe de 3 filhos, avó e trabalhadora no ramo da construção civil. “Faço pintura, hidráulica e há alguns anos não tinha meus próprios clientes, eu trabalhava para o meu marido, que já é do ramo, e depois que conheci o Feministrampos e passei a publicar sobre meus serviços lá, conquistei novos clientes e passei a receber mais pedidos de orçamentos”, diz. Para ela, o Feministrampos realmente foi um divisor de águas. “Hoje tenho uma agenda cheia e conseguido me manter financeiramente. Apesar de exercer um trabalho considerado masculino, foi na comunidade que encontrei clientes que me contratam”, complementa.

No Brasil desde 2013, Muna Darweesh da Muna Cozinha Árabe, é mãe de quatro filhos e participante do Feministrampos. Com os serviços feitos em seu próprio lar justamente para conseguir conciliar a maternidade com o profissional, ela veio da Síria e oferece comidas típicas de seu país de origem na comunidade. 

Já para Adélia Torres, mãe de três filhas e que trabalha como motorista particular e de aplicativos há sete anos após seu divórcio, o Feministrampos foi, sem dúvidas, o que trouxe um retorno grandioso ao seu negócio, conforme palavras delas “Comecei como motorista de app, depois veio a ideia de fazer cartão de visita me oferecendo como motorista particular e daí passei a ter cada vez mais clientes, mas minha clientela com particular decolou mesmo na pandemia, pois fiz muitas viagens”, conta. “O Feministrampos foi, sem dúvidas, o que me trouxe um retorno grandioso, pois na pandemia eu fiz viagens longas, levei pets, idosos para consulta. Atualmente eu recebo normalmente de três a quatro procuras vindas do grupo por dia. Só tenho a agradecer”, completa.

Para Amanda, da loja de produtos personalizados Subli.amando, o dia a dia de uma mãe empreendedora é cheia de desafios, e qualquer pequena alteração na rotina já causa uma enorme mudança, mas ao mesmo tempo que é muito desafiante, é a liberdade de ser mãe empreendedora que me motiva, aquela de poder trabalhar de madrugada se for preciso, mas conseguir ficar com seu filho se e quando ele precisar. “As pessoas podem confundir essa liberdade com trabalhar menos, mas na verdade só as mães sabem que na verdade trabalhamos muito mais, mais horas, em horários muito alternativos”, diz. “As pessoas podem confundir essa liberdade com trabalhar menos, mas na verdade só as mães sabem que trabalhamos muito mais, em horários alternativos. É preciso disciplina. Temos preocupações financeiras de não ter um salário fixo no fim do mês, mas para mim tudo isso vale contanto que possa ficar com meu pequeno, acompanhar o desenvolvimento dele de pertinho, pois o tempo voa”, diz.

“O grupo Feministrampos foi um divisor de águas logo que iniciei a @subli.amando pois de lá vieram muitos pedidos e muitas seguidoras no Instagram, o que ajuda demais, também. Sou muito grata ao grupo, às meninas que estão lá na busca de seus sonhos, como eu, e claro que à Mari, que faz tudo isso ser possível”, finaliza.

Coragem para ser autônoma após os 45 anos

Para Carolina, advogada, a participação em grupos como o Feministrampos foi essencial. “Sempre trabalhei em escritório e nunca fui autônoma, nunca tive coragem. Prometi em 2016, quando minha filha se formasse no colégio, que eu me tornaria autônoma. Em 2017 tomei a decisão, mas não sabia como começar, como captar clientes. Eu já tinha 46 anos quando tomei a resolução”, conta.

“O Feministrampos foi um dos grupos que comecei a me apresentar e divulgar meus trabalhos. Hoje eu praticamente só trabalho por indicações, não preciso mais anunciar. Tenho muita gratidão pelo grupo porque eu comecei ali”. Conforme ela conta, há ainda obstáculos financeiros, porém nada que se compare a 2017, quando ela chegou a sequer ter dinheiro para o mercado do mês. “O Feministrampos mudou minha carreira, mesmo, e eu nunca vou esquecer isso”.

Para ela, que começou pequena – e hoje não é tão maior, segundo palavras dela, porém tem uma qualidade de vida muito melhor, relata: – “Comecei pequena e o grupo foi essencial. Antes de ser autônoma, era muito pior. Não tinha dinheiro para nada. Hoje, graças ao grupo, temos uma vida confortável. Além de mim, minha filha consegue muitas clientes para as aulas de inglês que leciona por lá, também. Para mães e mulheres faz toda a diferença estar em grupos como o Feministrampos”, conclui.

Para participar do Feministrampos é preciso ter uma conta no Facebook, concordar com as regras lá existentes logo ao entrar e aceitar a aprovação. Há, ainda, suas página oficial https://www.facebook.com/Feministrampos/ que pode ser seguida por homens e mulheres, com dicas de empreendedorismo e produtos à venda da loja oficial da marca https://www.feministrampos.com.br/

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